Inti Raymi, ao dançar para o Deus Sol

Antes da invasão dos espanhóis no Império Inca em meados do século 16, os povos indígenas desfrutavam de suas festividades em cada solstício de inverno em Cusco para homenagear o deus do sol, chamado de Inti Raymi onde um animal era sacrificado para garantir boas colheitas e homenagear os Incas, como o Filho primogênito do sol.

As cerimônias ocorreram no solstício de inverno, quando o sol está mais distante da terra. Temendo a falta de sol e a conseqüente fome, os antigos incas se reuniram para homenagear o deus sol e defender seu retorno.

Até 1572, o vice-rei Toledo proibia a celebração do Inti Raymi, chamando-o de pagão e contrário à fé católica. Após o edital, as cerimônias passaram à clandestinidade em todo o Vice-Reino do Peru.

Hoje, é o segundo maior festival da América do Sul. Centenas de milhares de pessoas convergem em Cusco de outras partes do país e do mundo para uma semana de celebrações que marcam o início de um novo ano, o Inti Raymi, a Fiesta del Sol.

Todos os dias são organizados seus eventos, desde exposições a feiras de rua, onde são vistos muitos dançarinos em trajes tradicionais. À noite, música ao vivo dos melhores grupos musicais peruanos atrai multidões à Plaza de Armas para concertos gratuitos.

O ponto central do festival é a celebração do dia 24 de junho, mesmo dia do Inti Raymi. Neste dia, as cerimônias começam com uma invocação da Sapa Inca no Qorikancha que fica em frente à igreja de Santo Domingo, construída sobre o antigo templo do sol.

O Inti Raymi é um evento de dia inteiro, com duração mínima de cinco horas no Fortaleza de Sacsayhuaman. A entrada no forte é gratuita e as cadeiras estão disponíveis nos estandes ao redor da praça principal. Também há vendedores de alimentos e bebidas. Boa Viagem!