Papiro, o papel que os antigos egípcios usavam para escrever tudo o que era realmente importante para eles. A planta de onde vem, cientificamente chamada papiro Cyperus, é uma espécie muito decorativa que cresce nas margens do rio Nilo.
Hoje em dia é mais usada como planta ornamental, mas se você quiser dar algo muito especial para alguém, vamos ver como o papiro é feito.
A primeira coisa que fizeram foi selecionar os espécimes que, além de jovens, eram mais desenvolvidos e não apresentavam problemas de saúde. Isso significa que eles pegaram aqueles que tinham caules grossos e longos, com folhas verdes saudáveis. Aquelas com pontas secas ou feridas nas hastes foram descartadas, pois eram indicações de que a planta não estava no seu melhor.
Assim que encontrassem um, eles o desenraizariam e o separariam para fazer pilhas. Quando terminaram, foram amarrados e levados para terra firme. Com uma ferramenta de corte, geralmente uma faca com lâmina de sílex, a parte aérea, ou seja, as lâminas, foi removida deles, e cuidadosamente a crosta externa.
Agora que haviam alcançado o coração do caule, eles poderiam extrair o que viria a ser o papiro: algumas fatias longas e muito finas (assim como os fólios que usamos atualmente), e eles foram sobrepostos transversalmente uns aos outros. Depois foi só prensar e deixar secar. É interessante notar que não foi necessário usar nenhum tipo de cola, porque esta planta possui um suco pegajoso aderente o suficiente para que as folhas fiquem bem unidas umas nas outras.
E finalmente foi lixado com carbonato de cálcio e sulfato. Para durar muito mais, foram aplicadas resinas e óleos, para que ficasse quase intacto até ... bem, até hoje 🙂.
Você achou a confecção de papiro interessante? Se tiver em casa, experimente fazer um e surpreenda alguém especial 🙂.